Contexto Social do Envelhecimento

Publicado em: Saúde
data 19.08.2012

Contexto Social do Envelhecimento

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O envelhecimento, considerado fenômeno social de grande importância, emergiu no final do século XX, principalmente com os avanços científicos, técnicos e tecnológicos, aliados a possibilidade de usufruir da longevidade, considerando-se também a qualidade de vida alcançada pelos seres humanos. Essa assertiva permite considerar que as condições de vida da população interferem diretamente no processo do envelhecimento, tanto no que se refere ao aumento quantitativo da expectativa de vida, quanto na sua qualidade, quando é possível fomentar as politicas sociais (saneamento básico, saúde, previdência e assistência sociais).

O meio sociocultural interfere no processo de adaptação ao envelhecimento, facilitando-o ou dificultando-o. Logo, o conceito que cada sociedade tem e o valor que esta atribui aos idosos afetam o modo como o idoso se vê e como os outros o veem e o valorizam (Lima, 1997). Enquanto em uma sociedade e a idade é representada por respeito, poder e superioridade, em outras, o tempo representa exclusão e inutilidade (Rodrigues, 1997). Com isso, observa-se que os aspectos sociais relativos à educação, ao comportamento, a tradição e a saúde também são fundamentais para a apropriação desses conceitos, pois o respeito e a consideração de que o idoso desfruta na sociedade dependem do entendimento que a sociedade possui a ele.

Envelhecimento e o contexto social

Para entender as representações, os significados e os estereótipos que surgem sobre os idosos basta observar como a sociedade reproduz o idoso no cotidiano contemporâneo, fato que reflete na concepção e nas maneiras de agir das pessoas. Como qualquer outra fase do ciclo vital (infância, adolescência, vida adulta), na velhice, o ser humano passa por mudanças e continua em processo de desenvolvimento no cotidiano de existir e de se relacionar com os outros e com o meio externo. Outro aspecto importante é a compreensão de que envelhecer não é um processo patológico. As modificações funcionais, morfológicas, psicológicas e bioquímicas normais do envelhecimento podem resultar em maior vulnerabilidade do idoso ao desenvolvimento de doenças, que não significa que envelhecer é necessariamente adoecer.

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Os avanços tecnológicos das últimas décadas determinaram mudanças radicais no modo de vida das populações. Para brasileiros nascidos na década de 1940, a expectativa de vida era de 39 anos e na década de 1980 ultrapassava os 64 anos. Atualmente, com o recuo dos preconceitos, o avanço da medicina e a reforma da Previdência, a imagem que se tem dos idosos esta cada vez mais longe da cadeira de balanço, do arrastar dos chinelos e se aproxima cada vez mais de um grupo de pessoas prontas para realizar projetos sempre adiados. O ser humano ganhou mais 20 anos de expectativa de vida nas últimas décadas. O Brasil tem 4,5 milhões de pessoas com mais de 60 anos, número que dobrará nos próximos 20 anos, quando passaremos do 16° para 6° país com maior numero de idosos.

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A renda dessa faixa engordou 63% entre 1991 e 2000, enquanto a da população geral cresceu 43%. Vinte por cento dos lares brasileiros são chefiados por idosos e 3 milhões deles recebem entre 10 e 33 salários mínimos mensais. A Organização das Nações Unidas (ONU) prevê que em 2010 o mundo terá mais sexagenários do que crianças. Atualmente 10 países possuem 62% da população com mais de 60 anos.

Dessa forma, a melhor condição de saúde, especialmente relacionada à preservação da autonomia e da mobilidade física, é um importante fator para a permanência da vida ativa nas idades mais avançadas. Para isso, ainda são necessárias profundas modificações no perfil das politicas públicas, em especial das áreas de saúde e providência social. Idosos em boas condições de saúde e com autonomia física e mental mantêm boas perspectivas de vida e podem assumir papéis relevantes na sociedade.

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